Ainda bem que Lisboa não é
a cidade perfeita p'ra nós.
Ainda bem que o tempo passou
e o amor que acabou não saiu.
Ainda bem que há um fado qualquer
que diz tudo o que a vida não diz.
Ainda bem que Lisboa não é
a cidade perfeita p'ra nós.
Ainda bem que há um beco qualquer
que dá eco a quem nunca tem voz.
Ainda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.
Ainda bem que eu nunca fui capaz
de encontrar a viela a seguir.
Ainda bem que o Tejo é lilás
e os peixes não param de rir.
Ainda bem que o teu corpo não quer
embarcar na tormenta do réu.
Ainda bem se o destino quiser
esta trágica historia, sou eu.
Ainda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.
Eram moços de ovelhas,
deram belos presidentes com queda para
presidiários.
Alvorada canta o galo à meia nova
O chão de sempre, a santa vida
Vê-se o céu ensanguentado e o abutre junto à cova
Mas ninguém dá a jornada por perdida
Quantos filhos pelos séculos a Lisboa
de passãos a funcionários
Eram moços de ovelhas, deram belos presidentes
com queda para presidiários
Bomba-canção, bomba-canção
Canto artilhado para o altar das feiras
Já se foi Abril, fado pastoril
Ó dêm ó parteiras
Na parada dos heróis e vigilantes
era enorme a afluência
Na parada dos culpados pela desgraça e a culpa
Duas patas sozinha a penitência
E tu queres vir ensinar-me o que eu faço
Quanta audácia, Cipião
Se eu tenho ar de parolo e tu és parolo da cidade
Mas qual de nós reluzirá na escuridão
Bomba-canção, bomba-canção
Canto aviado de olhos ao novo mundo
Vai ser ao papel, e vou adivinhar
Para a mesa do futuro
Lida Portugal
De candeia na mão
Sentado no sofá
Em frente à televisão
Fim do dia, lá se esconde a varejeira
Fé e ânsia em toda a parte
Vou andando atrás de ti só para ver o pôr-do-sol
Reflectido na traseira do teu Smart
Bomba-canção, bomba-canção
Canto artilhado para o fechar da feira
Se era para subir, toca a resistir
Que eu já lá andei
(com um ou outro erro, esta é a única letra da Bomba Canção que existe online - viva eu)
Um homem algemado com as mãos atrás das costas suicidou-se com um tiro na têmpora direita, dentro de um carro patrulha da polícia, nos Estados Unidos.
O relatório do laboratório criminal do Estado do Arkansas, agora divulgado, indica que o cano da arma estava colocado contra a cabeça de Chavis Carter, de 21 anos, quando a mesma desferiu um tiro.
A morte foi classificada como suicídio, com base no apurado durante a autópsia e em conclusões de uma investigação da polícia, que apontam para uma arma escondida pelo detido.
«Ele estava algemado e dentro de um carro da polícia, onde aparentemente conseguiu uma arma e, apesar de estar algemado, atingiu-se a si mesmo na cabeça», lê-se no relatório.
O jovem foi detido, depois de a polícia ter mandado parar, numa operação stop, o camião onde seguia à boleia. Enquanto o condutor e o outro passageiro prosseguiram, Carter foi detido, dada a existência de um mandado de detenção em seu nome, por posse de drogas. A polícia revistou-o, encontrou marijuana, mas nenhuma arma.
«É óbvio que não encontraram a arma na primeira revista. E durante a segunda, que foi mais minuciosa e generalizada, também não», disse o chefe da Polícia de Jonesboro, Michael Iates.
Uma análise toxicológica feita ao corpo mostrou ainda que Carter testou positivo em metanfetaminas, ansiolíticos e outras drogas.
Há quase uma década atrás, iniciou-se um blog no qual um grupo de estudantes de Direito exauria a sua verborreia e tentava aplacar as frustrações do estudo universitário.
Chamava-se Deletério.
Vários prosadores talentosos escreveram no mural deste blog (adequadamente deixado a preto) sobre todos os temas e frequentemente sobre nenhum em particular.
Mas havia um poema especial sobre o povo Português, que eu nunca esqueci.